Rio Sabor Rock Art discovery

June 1997

TRACCE no. 9 – by Ludwig Jaffe, Mila Simões de Abreu


2nd International Congress of Rupestrian Archaeology
2-5 October 1997 DARFO BOARIO TERME
Rio Sabor Rock Art discovery (Trás-os-Montes Portugal).
The Côa Dam will be substituted by “Laranjera dam”, Sabor river. Also there Palaeolithic style figures have been found, though their importance has been questioned.

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The Côa Dam will be substituted by “Laranjera dam”, Sabor river. Also there Palaeolithic style figures have been found, though their importance has been questioned by João Zilhão in a press interview (June 28 1997). In order not to repeat the Côa experience it is strongly needed to allow the visit of an International Committe, co-ordinated by the IFRAO.

A descoberta de gravuras rupestres fez títulos de primeira página no jornal semanal português o Expresso (97.06.28). O achado revertia-se sem dúvida de interesse científico não só por se tratar de aparentemente figuras gravadas na zona do rio Sabor, um vale conhecido pelas suas belezas naturais e pelo enorme valor ambiental, no qual até ao momentos não se conheciam gravuras mas, também, por segundo os descobridores, as gravuras serem em tudo idênticas as conhecidas nas vizinhas áreas do Vale do Côa, Douro e Mazouco.

Expresso 28.6.1997

Não era, porém, o enorme valor arqueológico que atirava as gravuras do Sabor para os títulos dos jornais. Aos média interessava principalmente o facto das gravuras se encontrarem na área em que está projectada a constução da um nova grande barragem por parte da EDP.

A barragem das Laranjeira, no rio Sabor, transformou-se do ponto de vista do governo português, depois de ter sido suspensa a constução da obra de Foz Côa, uma alternativa necessária senão obrigatória. Com a declaração pública, em Junho de 1997, que a barragem do Côa seria definitivamente abandonada a opção Laranjeira passou a realidade. O projecto tem um orçamento inicial de 43 milhões de contos uma parede de 130/150m (o projecto Côa tinha 137 metros) uma albufeirade 250m (contra 210m do Côa) e o inicio das obras está previsto para 1999 com conclusão no ano 2005.

Infelizmente na impossibilidade de ter informações directas ou em primeira mão, do que se passa verdadeiramente no Sabor somos obrigados a simplesmente transmitir as poucas informações publicadas. Elas são por vezes contraditórias Nos artigos fala-se algumas vezes de uma única figura em estilo paleolitico. No entanto, Director do Instituto Portugues de Arqueologia. João Zilhão afirmou ao Expresso de 28 de Junho “(…) foram descobertas várias gravuras de arte rupestre” evitando dizer o estilo, cronologia e temática. Afirmando também que “por enquanto, a quantidade e a qualidade das gravuras não se compara ao património existente no Vale do Côa”.

O jornal Púbilco afirma nesse mesmo dia “Trata-se de um Touro gravado numa rocha de xisto semelhante a outros descobertos no vale do Côa”.

Numa fugaz imagem transmitidas por esses dias na TVI era possivel no entanto distinguir a cabeça de um auroque idêntico aos presentes por exemplo na zona da Canada do Inferno”.

As poucas fotos publicadas da zona mostram o inicio de constução da barragem com o corte de estradas nos dos lados do vale e portanto a falta de informação, as palavras dos responsaveis não podem deixar de causar muita preocupação sobre a preservação de tais achados. O Ministro da Cultura que há meses(mesi fa) interrogado pelo jornalistas sobre a possibilidade do Sabor também ter figuras idênticas as do Côa devido a sua proximidade geografica, tinha afirmado que “a histório não se repete” enganou-se! Mais uma vez uma barragem está a ser construida e gravuras rupestre estão em perigo.

Mesmo perante o desgaste psicologico, economico, professional que a luta do Côa causou a nós e a nossa familia a nossa atitude nao pode ser senão a mesma. Deve ser criada uma verdadeira comissão idenpente internacional, a IFRAO atraves das suas organizacões e dos seus milhares de membros tem que mais uma vez pedir para seja dada a oportunidade ao seu representante e a investigadores por ela escolhidos de visitar a zona e fazer um relatorio detalhado que deve ser apresentado à comunidade cientifica internacional so assim teremos a certeza que tal como no passado (Tejo, Vale da Casa, Coa ) a arte rupestre que embora se encontradndo em territorio portuguIes pertence ao Mundo não esta a ser destruída.

Ludwig Jaffe – Mila Simões de Abreu
IFRAO / UTAD

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